As Últimas Palavras de Jesus na Cruz

A morte de Jesus carrega um significado profundo, e para compreendê-lo melhor, uma única palavra pode abrir o caminho. Foi pronunciada por Ele com seu último suspiro, antes de entregar Seu Espírito ao Pai.

Uma palavra que abalou o reino das trevas: Tetelestai — “Está consumado” (João 19:30) — talvez a declaração mais importante da história. Proferida pelo Filho de Deus, puro e inocente, essa palavra se torna um marco eterno, imutável e inacessível para o poder das trevas.

Vamos avançar para o outro lado da Cruz.

Vinte e três anos depois, em 56 d.C., Paulo escreveu à igreja em Corinto. Naquela época, Corinto era uma cidade de grande influência comercial e um centro de filosofia e razão.

O local abrigava um templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor, onde mais de mil prostitutas serviam, criando uma reputação que deu origem ao termo “corintianizar” como sinônimo de prostituição. Com uma grande mistura de comércio e ideologias, a cidade era repleta de pensadores estoicos e oradores.

Naquela carta, Paulo afirmou: “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada” (1 Coríntios 1:17-18).

Para aqueles que perecem, a mensagem da cruz é loucura, mas para nós que somos salvos, é o poder de Deus. Embora os judeus buscassem sinais e os gregos, sabedoria, Paulo pregava Cristo crucificado — escândalo para uns, loucura para outros, mas, para os chamados, é o poder e a sabedoria de Deus.

A Cruz como Poder e Sabedoria de Deus

O que torna a cruz de Jesus Cristo, o fim cruel de um carpinteiro galileu, uma demonstração tanto do poder quanto da sabedoria divina? Em sua segunda carta, Paulo resumiu sua pregação em “Cristo crucificado” (1 Coríntios 2:2).

Poderia ele ter enfatizado milagres como a multiplicação dos pães ou a ressurreição de Lázaro, mas, em vez disso, seu foco estava na cruz, na morte de Cristo.

Cerca de vinte anos após a crucificação, Paulo também escreveu aos gálatas, uma igreja espiritualmente ativa, testemunhas da crucificação de Cristo.

Ele os exortou: “Ó insensatos gálatas, quem vos fascinou, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (Gálatas 3:1). Em outras palavras, Paulo os questionava: “Por que vocês desviaram o olhar deste homem e de sua cruz?”

As Últimas Palavras de Jesus na Cruz

O Poder Permanente da Cruz

A cruz é o fundamento de toda a provisão de Deus para nós. É através do sacrifício de Seu Filho que Deus nos oferece a reconciliação. Paulo lembra aos romanos: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Romanos 8:32). Sem Jesus, não temos nada; com Ele, temos tudo.

Embora Jesus tenha declarado “Está consumado”, Ele não parou de agir. Sua obra na cruz foi perfeita e final, mas Ele continua a operar em nossas vidas. A cruz representa a derrota total e irrevogável de Satanás.

Desde aquele dia, o inimigo não tem poder para alterar o que aconteceu; sua derrota é definitiva. Contudo, ele trabalha para obscurecer o impacto da cruz e desviar nossa atenção.

Paulo nos Nossos Dias

Se Paulo estivesse entre nós, provavelmente diria: “Vejam minha carta aos gálatas.” Assim como eles, somos facilmente distraídos e esquecemos da cruz. Mas Deus nos deixou um caminho, e esse caminho passa pela cruz. É pela cruz que o Pai nos oferece a reconciliação, e nela encontramos a libertação e a derrota do inimigo. Nosso papel é crer n’Aquele que foi ressuscitado para nossa justificação.

Ao longo da história, a resposta ao sacrifício de Jesus tem sido polarizada: alguns o rejeitam, enquanto outros caem aos Seus pés em adoração. Uma terceira reação, a indiferença, é apenas uma variação da primeira. Assim, pergunto: o que você fará com este homem, Jesus? Vai rejeitá-Lo ou se render a Ele?


Está Consumado: Uma Peregrinação de 40 Dias de Volta à Cruz

Adaptado de “Está Consumado: Uma Peregrinação de 40 Dias de Volta à Cruz” de Charles Martin.

Em Está Consumado, o autor Charles Martin conduz os leitores por quarenta dias de reflexão profunda sobre o significado da cruz, conectando as Escrituras de Gênesis até hoje. Com histórias poderosas, Martin ajuda você a ver a cruz sob uma nova perspectiva a cada dia, buscando responder a perguntas cruciais:

  • O que exatamente Jesus quis dizer com “Está consumado”?
  • Quando esse plano começou?
  • Como o sacrifício de Jesus, ocorrido há dois mil anos, impacta minha vida hoje?
  • O que Deus nos oferece na cruz que muitas vezes esquecemos?
  • O que o Pai nunca deixou de ver em nós?

Martin nos guia como um companheiro de jornada, ajudando-nos a refletir sobre o que faremos com a figura de Jesus. Antes de celebrar a ressurreição, precisamos olhar para onde Jesus esteve, como Ele chegou até lá e o que Sua presença na cruz realizou.

Embora Satanás tente obscurecer esse evento, essa peregrinação de 40 dias visa abrir nossos olhos e nos fazer refletir: “Senhor, por que por mim? Por que suportaste a cruz por mim?”


Veja também:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui