Salmo 2 O Reinado do Ungido

Salmo 2 destaca a soberania de Deus e a vitória do Messias sobre seus inimigos, convidando todos a se submeterem a Ele.

Salmo 2

1. Por que se enfurecem as nações e os povos imaginam coisas vãs?

2. Os reis da terra se levantam, e as autoridades conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo:

3.  “Vamos romper os seus laços e sacudir de nós as suas algemas.”

4. Aquele que habita nos céus dá risada; o Senhor zomba deles.

5. Na sua ira, a seu tempo, lhes falará e no seu furor os deixará apavorados, dizendo:

6. “Eu constituí o meu Rei sobre o meu santo Monte Sião.”

7. O rei diz: “Proclamarei o decreto do Senhor. Ele me disse: ‘Você é meu Filho, hoje eu gerei você.

8. Peça, e eu lhe darei as nações por herança e as extremidades da terra por sua possessão.

9. Com uma vara de ferro você as quebrará e as despedaçará como um vaso de oleiro. ’”

10. Agora, pois, ó reis, sejam prudentes; deixem-se advertir, juízes da terra.

11. Sirvam o Senhor com temor e alegrem-se nele com tremor.

12. Beijem o Filho para que não se irrite, e não pereçam no caminho; porque em breve se acenderá a sua ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.

Título: O Salmo Messiânico do Príncipe

O Salmo 2 é conhecido como o “Salmo do Messias, o Príncipe”, pois revela, em uma visão profética e grandiosa, a revolta das nações contra o Ungido do Senhor, a determinação divina de exaltar Seu Filho, e o futuro reinado desse Filho sobre todos os Seus adversários. Ele nos convida a contemplar, pela fé, a vitória de Jesus Cristo sobre todos os inimigos.

Louth comenta que o Salmo apresenta tanto o estabelecimento de Davi no trono, enfrentando a oposição de seus inimigos, quanto uma dimensão alegórica mais profunda, refletindo a obra de Cristo.

Ao lermos o Salmo literalmente, ele faz referência a eventos históricos da vida de Davi; entretanto, ao analisarmos de forma espiritual, surgem verdades mais elevadas. As figuras de linguagem que podem parecer excessivas para Davi tornam-se completamente adequadas ao serem aplicadas ao “Davi espiritual”, ou seja, ao Messias.

Essa dupla interpretação — literal e espiritual — nos ajuda a apreciar plenamente a beleza e a profundidade deste Salmo, que alterna entre temas terrenos e celestiais, revelando o plano divino de redenção através de Cristo.

Divisão do Salmo 2

Este Salmo pode ser dividido em quatro partes:

  1. Nos versículos 1-3, as nações se rebelam contra o Ungido.
  2. Nos versículos 4-6, Deus, no céu, zomba de sua oposição.
  3. Nos versículos 7-9, o Filho proclama o decreto divino.
  4. Nos versículos 10-12, os reis são exortados a se submeterem ao Ungido do Senhor.

Essa divisão não é apenas sugerida pelo conteúdo, mas também pela forma poética do Salmo 2, que se organiza naturalmente em quatro estrofes de três versículos.

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Reflexões para o Pregador

Versículo 1: O Salmo 2 nos mostra a insensatez da incredulidade e do pecado. Ele expõe o vazio das tentativas humanas de se rebelar contra Deus e Seu plano redentor. A oposição ao evangelho é irracional e inútil.

Versículo 2: Não podemos confiar no apoio das multidões, pois muitas vezes as pessoas mais zelosas, poderosas e sábias se voltam contra Cristo. Isso nos ensina a não depender do homem, mas de Deus.

Versículo 3: A verdadeira razão para a oposição à verdade de Cristo é o ódio dos pecadores às restrições impostas pela piedade.

Versículo 4: Deus zomba dos rebeldes, tanto agora quanto no futuro.

Versículo 6: O reinado de Cristo é inabalável. Ele foi estabelecido pelo próprio Deus, e nada pode mudar essa realidade.

Versículo 7: Este versículo nos lembra do decreto divino sobre Cristo e como Ele foi reconhecido como o Filho de Deus, o que nos encoraja a sermos fiéis em nossa vocação.

Versículo 9: A destruição dos ímpios é certa e inevitável, assim como a derrota de sistemas de erro e opressão diante do poder do evangelho.

Versículo 12: O Salmo 2 termina com um convite claro e sincero: todos são chamados a se submeter a Cristo, pois aqueles que confiam Nele são abençoados.

O Salmo 2 é uma poderosa demonstração da soberania de Deus, da vitória de Cristo, e da necessidade de submissão a Seu reinado. Ele nos lembra que, embora os homens possam se opor, o plano divino sempre prevalecerá.

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